domingo, 9 de agosto de 2015

[Resenha Quadrinhos] Demolidor Vol. #03 e #04

Dando continuidade aos encadernados do Demolidor de Mark Waid vem escrevendo, chegamos aos volumes #03 e #04 com Medo e Delírio na Latvéria e Teia de Mentiras. Eu podia falar dos encadernado separados, mas prefiro fazer tudo junto, pois as sequencias são diretas. Waid continua sua ótima sintonia com o Demolidor, buscando trazer às HQs do Homem Sem Medo algo perdido nas atuais fórmulas "mágicas" tanto na Marvel como na DC Comics. O roteirista prioriza o lado humano e mais divertido, como um gibi dos anos de 1980- como já até citei antes nas primeiras resenhas. E isso é muito legal. Não precisou mudar o uniforme e nem "rebootar" o herói. Apenas usou uma abordagem mais direta, com muita criatividade e esmero. Matt Murdock continua tentando se livrar Hidra, IMA, Agência Bizantina, Império Secreto e Espectro Negro que buscam Disco Ômega por ter informações criminosas das cinco organizações e que podem "quebrar o mundo". Mas o Demolidor consegue uma vantagem e depois ainda amplia essa vantagem com uma boa dose de inteligencia e de bons amigos heróis da cidade. Paralelo a isso tudo, Foggy Nelson ainda está bem desconfiado do amigo por questões morais, afinal, Murdock saiu de uma situação complicada durante as fases anteriores (por Michael Bendis e Ed Brubaker) e Mark Waid leva tudo isso em consideração de forma muito sóbria.

Mas a situação complica quando o Demolidor acaba na Latvéria sendo estudado por um vilão e isso gera algumas situações inusitadas para o herói cego. No entanto, é na vida pessoal que Murdock parece estar mais ferrado. Sua sociedade com Foggy está num caminho ruim e sua nova ex-namorada parece querer distância dele. Ainda assim, o herói parece disposto a rever tudo isso na vida... até o surgimento de um novo vilão ligado ao arquiteto de toda a trama maléfica desde a primeira edição. Sim, não é nada aleatório e Waid vem pincelando toda a trama com maestria. O Demolidor se vê frente a Ikari, um vilão que tem praticamente seus mesmo poderes, mas com uma vantagem que ele não tem. Apesar de uma ou outra situação um pouco fora do foco- ou pairando o absurdo- esses dois encadernados mostram que para se fazer um bom quadrinho não é necessário reinventar a roda, só é preciso entender muito bem do riscado e Mark Waid faz isso como poucos. É uma HQ de heróis de vanguarda, com todos os elementos bem dosados, seu olhos de "blockbuster"' e sim um bom quadrinhos para leitura divertida e escapista. 

NOTA: 4,0 (de 5,0)

Roteiro: Mark Waid
Desenhos: Chris Samnee, Khoi Pham e Michael Allred
Páginas: 148
Preço: R$ 18,90
Editora: Panini Comics

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