Isso ainda não é uma resenha, é são apenas as primeiras impressões sobre dois pilotos de seriados baseado em quadrinhos que levou os fãs a ficarem um pouco desconfiados. Estamos falando de Supergirl e Lúcifer. Os dois seriados estrearão em breve o JumperCast já conferiu os pilotos de ambos. Começando por Supergirl, que muita gente torceu o nariz. De boa, não leve tudo tão à sério. O piloto da "Garota de Aço" é aquilo que eu já esperava e com um charme a mais: lembra muitos os quadrinhos dos anos 70/80. Sim! Isso mesmo! É quadrinho de vanguarda, mas atualizado com smartphones. De cara o piloto assume que é um seriado que está ali para ser um diferencial no meio de tanta testosterona (Demolidor, Arrow, Flash, Gotham) e se mostra mais leve e divertido. No entanto, há ali certas limitações. Com a necessidade urgente de se firmar como um produto ligado ao universo de super-heróis, o piloto é muito corrido e tenta jogar um monte de informações logo para familiarizar o público alvo. A atriz Melissa Benoist, que vive a heroína, parece um pouco tensa para mostrar uma boa desenvoltura, mas não compromete o conjunto da obra- apesar de alguns arroubos dispensáveis. A série parece correr num caminho inverso de todas as outras, o que pode ser bom. E sim, há uma forte ligação entre o personagem Superman e o seriado, inclusive com sua aparição rápida em "sombras". Os efeitos especiais estão um pouco "toscos", mas funcionam. Tem potencial, basta ver se os criadores não tentarão dar um passo maior que a perna. A CBS deve lançar o seriado em outubro.
Já Lúcifer, baseado numa série da Vertigo da DC Comics, tinha tudo para ser um piloto ruim pelo trailer demonstrado que nada lembra o "Estrela da Manhã" dos quadrinhos de Mike Carey... No entanto, eu curti o piloto e melhor é que pode dar certo... ou ser um tiro no pé. O problema desse "Lúcifer" é que ele é muito fanfarrão, bem o contrário do personagem das HQs que lembro. Quase todo o resto tá lá: cara sedutor, sabe manipular as pessoas, tem boa postura... Mas ao mesmo tempo, me soou como cara com sentimentos aflorados, até mesmo se deixando levar pelas emoções mais simples como a comoção para o personagem, o que pode ter sido uma tentativa dos produtores de causar empatia entre os espectadores do programa. O ator Tom Ellis não lembra em nada o Lúcifer dos quadrinhos- visualmente falando- mas ainda assim conseguiu caçar uma boa desenvoltura. O piloto acerta em algumas partes, mas falha em outros quando deixa o personagem inclusive temeroso com algumas "questões divinas". Outro ponto que me deixou com a orelha em pé foi o fator "humor a cada dois minutos" (nem vou citar os filmes da Marvel pra num rolar treta). Não é gritante... Mas é cheio de piadinhas sarcásticas. Ainda é cedo pra avaliar a série, mas se for pra ser fiel, por incrível que pareça, Constantine tinha mais fidelidade até no piloto. Bem, eu gostei... mas para ser o Lúcifer da Vertigo precisa mostrar mais carne, mais magia e mais elegância. A Fox está agendando ainda o lançamento, mas deve ser para breve...
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