Expresso do Amanhã (Snowpiercer, 2015) adapta a HQ francesa Perfuraneve- que inclusive já foi lançado no Brasil- e mostra um planeta Terra vivendo uma Era Glacial ocasionada propositalmente pelo homem para tentar segurar o aquecimento global, mas o tiro saiu pela culatra. Aqui tudo que restou da humanidade agora fica retido em um único enorme trem onde o mesmo fica dando voltas por várias partes num mundo congelado onde nada sobreviveu. Um grupo liderado por Curtis (Chris Evans) lidera um grupo de rebeldes que vivem no fundo do trem apenas sendo mantidos vivos a base de uma "geleca" proteica. A intenção do grupo é chegar até o primeiro vagão onde estará o dono e criador da "arca" de humanos, o Sr. Wilford (Ed Harris). Mas quem disse que é fácil chegar até lá? Entre eles e Wilford os rebeldes terão de enfrentar soldados armados de vagão a vagão, como "passar de fase" num jogo de videogames. O que temos aqui é um filme tenso, quase claustrofóbico onde os rebeldes com tempo e gente limitada tenta desesperadamente chegar até o primeiro vagão em busca de uma vida mais digna, mas encontram morte, desespero e sangue no caminho. O diretor Bong Joon-ho constrói um filme sólido, cru até. Com pouca trilha sonora, o longa fica ainda mais sensível a ação das cenas. A luta no vagão com soldados armados de facões e lanças é um dos pontos altos. O destaque fica para Tilda Swinton que interpreta uma "governante" cruel e sádica e claro, Chris Evans, que entrega um bom personagem. Existe uma crítica social muito forte também ao longo do filme com a evidente piramide social que fica entre os menos favorecidos e aqueles que se beneficial da "parte de baixo" essa mesma piramide. Ótimo filme.
NOTA: 4,0 (de 5,0)
Expresso do Amanhã ( Snowpiercer, 2015)
Direção: Joon-ho Bong
Roteiro: Bong Joon-ho e Kelly Masterson
Elenco: Chris Evans, Jamie Bell, Tilda Swinton, Ed Harris, John Hurt, entre outros
Duração: 2h6min
Estúdio: Não fornecido
Pressure (idem, 2015) é uma tentativa de colocar drama forte numa tragédia que se abate a quatro mergulhadores. Aqui um grupo de quatro homens desce a uma profundidade extrema dentro de uma "cápsula" para consertarem um oleoduto no fundo do mar. Infelizmente uma tempestade acaba com o navio que os estava içando e eles são jogados com violência no fundo do oceano sem perspectiva nenhuma de sobreviverem além de tentarem alguma medidas desesperadas. Com o oxigênio acabando, sem aquecedor e sem comunicação, os quatro homens agora precisam arrumar uma forma de saírem dessa situação desesperadora. O filme de Ron Scalpello tem boa base, mas os atores por mais esforçados que pareçam ser (sim, eles até se esforçam), falta carga dramática suficiente para fazer dessa fita um filmaço. Todos os elementos para ter sido um filme daqueles de roer as unhas estão lá... mas alguma coisa pareceu não estar alinhada o suficiente para isso. O longa tem atores poucos conhecidos ou que sem muita expressão, mas como eu disse, se esforçaram para entregar uma boa ininterpretação. Há bons momentos- e tensos inclusive- mas não transforma Pressure numa obra daquelas baratas que viram cult com os anos.
NOTA: 2,5 (de 5,0)
Pressure (Idem, 2015)
Pressure (Idem, 2015)
Direção: Ron Scalpello
Roteiro: Louis Baxter, Alan McKenna, Paul Staheli
Roteiro: Louis Baxter, Alan McKenna, Paul Staheli
Elenco: Danny Huston, Matthew Goode, Joe Cole, Alan McKenna
Duração: 91 min
Estúdio: Não Fornecido
Duração: 91 min
Estúdio: Não Fornecido
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