segunda-feira, 25 de maio de 2015

[Série] Supergirl- primeiras impressões

Quando assisti ao trailer estendido do seriado da Supergirl eu pensei comigo mesmo: "Esses caras que fizeram essa edição só podem ser amadores". Na real, o trailer não se vende. Tá largado de clichês do mais típico seriado "abarrocente" que tem aos montes por aí. Mas aí o piloto "vazou" e em boa qualidade (!) na internet e não pude deixar de conferir. Bem melhor do que o trailer mostrou, mas como diria Hannibal Lecter, vamos por partes. Primeiro coisa a se considerar levando em conta esse piloto é que o Superman está nele, mesmo que seja em relances, fotos borradas ou em citações e ele não é vinculado ao cinemas. A DC já deixou claro que os universos da TV e cinemas estão separados. A mitologia do Superman está embuia o tempo todo nesse primeiro episódio e se eu fosse um "fanboy chato" diria que usaram isso como bengala, mas como não sou, digo que foi uma forma inteligente de não negar a existência do Homem de Aço por ali. Apesar de parecer meio corrido, o piloto se desenvolve relativamente bem para seus 45 minutos de duração mostrando desde a saída de Kara Zor-El de um planeta moribundo (Krypton) até sua chegada à Terra com o próprio Superman a retirando de sua nave- há uma explicação para isso e até plausível já que Kara saiu do planeta Krypton mais velha que seu primo Kal- El e chegou mais nova que ele. Desde o começo, sua primeira ação, construção do personagem e motivações, ficaram bem pautados.

No mais, a trama se desenvolve em National City e coloca Kara Danvers (Melissa Benoist- bem a vontade na personagem) num jornal em que Cat Grant (Calista Flockhart)- coadjuvante perua bastante conhecida nos quadrinhos principalmente entre 1980 e 1990 em que ela é uma espécie de "Diabo Veste Prada" aqui. Entre piadinhas e sacadas dispensáveis, e depois de um encontro meia boca entre Kara e um Zé Ruela que ela conheceu na internet, a ainda inexperiente heroína acaba salvando um avião em que se encontrava em queda nos céus de National City exatamente como fez seu primo em sua primeira aparição nos quadrinhos- típico, mas uma boa homenagem. Com isso ela resolve então ser aquilo que está no seu sangue: uma super-heroína. Daí pra frente ela confecciona seu próprio uniforme e bate nuns bandidos por aí. Até que uma organização governamental que tem Hank Henshaw (David Harewood) como chefe de comando aparece para dar ao seriado o vilão da vez. Henshaw comanda uma operação em que tenta conter alienígenas potencialmente perigosos caídos na Terra e agora espalhados por aí e advinha quem vai provavelmente estar batendo de frente com esses seres? Ela já enfrenta um de cara e toma umas bordoadas, mas sacumé: fica ali na deprê, toma uma lição de moral e dá a volta por cima. Em tempo: Hank Henshaw nos quadrinhos vira o Super Cyborg de a Morte do Superman

Com uma jogada simples o seriado parece ser "simpático", evocando bem a DC Comics dos anos de 1980 como está sendo feito com The Flash. Nada sombrio e sim uma DC Comics mais heroica, bem ao contrário do que está sendo feito nos cinemas. E vale novamente aquela boa comparação: a Marvel tem sido a DC Comics nos cinemas e a DC Comics tem sido a DC Comics nas telinhas enquanto banca a Marvel dos quadrinhos nas telonas com filmes mais sombrios. A produção de Supergirl ficou boa para um seriado. Claro, os efeitos não são de ponta, mas funcionam. Não tem como cobrar um efeito de cinema num seriado de TV, mas com o tempo se o seriado continuar, pode ir dando certo. Como falei anteriormente, ainda que corrido, no final parece que fluiu direito. Outras boas referencias são a presença de um Jimmy Olsen (Mehcad Brooks) mais velho e experiente e de Helen Slater (que interpretou a Supergirl no filme de 1984) e Dean Cain (que viveu o Superman no seriado Lois and Clark) como os pais adotivos de Kara na Terra, e pra fechar, Despero, vilão perigoso da Liga da Justiça aparece em uma painel quando vários vilões são mostrados a heroína. O que esperar agora? Que funcione, né? A série estreia oficialmente na CBS em outubro próximo. Como é uma primeira impressão, não tem nota, mas eu daria um "é bom". 

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