Baseado no curta Tetra Vaal (2004) de Neill Bloomkamp, Chappie se passa em Joanesburgo, na África do Sul em um futuro não distante. Somos apresentados à uma força policial que atua em conjunto com androides, esta que leva o mesmo nome do curta-metragem. Deon Wilson (Dev Patel), o desenvolvedor da tecnologia utilizada, cria uma inteligência artificial e aplica em um androide que seria descartado. Nasce então, Chappie (Shalrto Copley).
Bloomkamp é visivelmente um apaixonado por ficção-científica e pela sua cidade natal. Seus filmes anteriores, District 9 (2009) e Elysium (2013) também foram gravados Joanesburgo. E este não é o único ponto em que suas obras se assemelham. Em todas elas é possível notar uma forte temática social. Sempre questionando os princípios da sociedade, abordando a inclusão de minorias e conceitos existenciais. Em Chappie nos deparamos com tudo isso além do conflito "criador e criatura".
Um outro ponto que vale ressaltar é a trilha sonora que ficou nas mãos de Hans Zimmer com a colaboração do grupo de rap/rave Die Antwoord. formado por Ninja e Yolandi Vi$$er, estes dois últimos que também fazem parte do elenco. A mistura ficou em perfeito contexto com a ideia do filme, evidenciando a dicotomia entre o orgânico e o eletrônico e mesclando-os.
Apesar de não trazer algo inovador o filme acabou me conquistando pela sensibilidade. Tem que ter um coração de pedra pra não se maravilhar com o primeiro contato de Chappie com Deon e Yo-Landi (Yolandi Visser). Shalrto Copley te cativa com a interpretação de um robô inocente e assustado. Confesso que achei um pouco forçado o instinto materno surgir de forma instantânea em Yo-Landi, mas o filme é direto no que quer apresentar e acaba por se sobrepor a alguns exageros do tipo.
Chappie
Direção: Neill Bloomkamp
Roteiro: Neill Bloomkamp e Terri Tatchell
Duração: 114 Minutos
Nota: 3,5 (de 5,0)
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