O que Exterminador do Futuro: Gênesis tem de bom é seu formato em homenagear os dois primeiros filmes de James Cameron e ignorar os dois seguintes- ao mesmo tempo que acrescenta sua própria linha narrativa. Nesse ponto, o quinto filme da franquia funciona como se fosse o terceiro ligado diretamente aos dois primeiros. O filme é basicamente o primeiro, mas por outra visão e em uma nova linha temporal. Quer dizer que os produtores foram espertos em não ignorar todo os histórico considerado (por eles) dos dois primeiros filmes e "linkar" isso de uma forma que faça a ponte entre o original e esse novo, para se possa criar uma nova franquia sem deixar pra trás a cronologia original. Nessa questão outro ponto positivo pro novo filme de O Exterminador do Futuro. Aqui John Connor (Jason Clarke) envia o soldado Kyle Reese (Jai Courtney) para salvar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), mas nesse ponto o filme toma outro rumo- interessante- e temos aí uma nova linha temporal com explicações meio confusas, mas pertinentes e propositais para levar a franquia a um novo rumo. Emilia Clarke funcionou bem como a nova Sarah (vivida no original por Linda Halmiton) e Arnold Schwarzenegger está ótimo para um Exterminador velho (e isso é explicado) e tirando sarro dele mesmo por sua idade. Pra mim o ponto fraco foi mesmo o diretor, Alan Taylor (de Guerra dos Tronos e Thor 2) que não tem muito tato pra blockbusters e mostra cenas de ação clichês, sem impacto e sem peso. Um diretor mais acostumado a porradaria teria sido uma escolha mais interessante. Pra mim foi um bom recomeço, vamos ver se sustenta. Só um adendo: os efeitos especiais estão estranhos em dados momentos, principalmente nos helicópteros.
NOTA: 3,0 (de 5,0)
Exterminador do Futuro: Gênesis (Terminator Genisys, 2015)
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Laeta Kalogridis e Patrick Lussier
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Emilia Clarke, Jason Clarke, Jai Courtney, J. K. Simmons
Duração: 126 min
Estúdio: Não Fornecido
Férias Frustradas foi uma daqueles filmes dos anos de 1980 que fizeram a história daquela década. Chevy Chase dava bem aquele ar de "frustrado" e arrasado por sair com sua família pela rodovia em busca das férias ideais, que aproximasse todos, mas que tudo dá errado de maneira vergonhosa. Pois bem, o novo filme tem tudo o que o original tem, mas claro, com as antenas apontadas para o hoje. Os diretores/roteiristas John Francis Daley e Jonathan Goldstein foram inteligentes o bastante para não criarem um reboot e sim uma continuidade que levasse em conta os outros filmes e colocasse todos dentro do mesmo universo. A comédia estadunidense que vem se adaptando em formatos de "enquetes" de certa forma, vide aí Se Beber, Não Case e Quero Matar Meu Chefe (entre outros), parece estar se servindo bem de piadas que eram bem comuns no século passado e vinham se perdendo. Com isso temos piadas escrotas e sujas, cheio de humor negro (poxa, a cena da vaca mostra bem isso) e explícitas gags sexuais que não perdoa ninguém lembrando um pouco os filmes dos irmãos Farrelly. A trama coloca Rusty Griswold (Ed Helms) e sua família num road movie onde tudo que pode dar errado, dá errado. Com passagens grosseiras, o filme consegue se vender como sucessor do original de certa forma e mostra-se antenado para um novo público. Claro que eu ainda prefiro o original, mas o novo longa não faz feio.
NOTA: 4,0 (de 5,0)
Férias Frustradas (Vacation, 2015)
Direção: John Francis Daley e Jonathan Goldstein
Roteiro: John Francis Daley e Jonathan Goldstein
Elenco: Ed Helms, Christina Applegate, Leslie Mann, Chris Hemsworth
Duração: 99 min
Estúdio: New Line Cinema
Nenhum comentário:
Postar um comentário